As vezes uma rosa morre, mas o jardim continua vivo. Galhos se quebram, ramos se partem, brotos são arrancados. Porém ninguém fica preocupado com o jardim. Eles são considerados dispensáveis para este. Não acontece o mesmo se, algum infeliz ou infortunado, arrancar alguma flor, ou para ofertar ao seu amor, ou pelo simples prazer de ter as coisas bonitas consigo. Quando tal flor some, o jardineiro vai aos prantos, se desespera, para ele o jardim está acabado. Não é por menos, a flor que por tanto tempo foi, cuidadosamente, atenciosamente regada e acariciada, simplesmente é violentada por um terceiro, insesível ou sensível demais. Ele considera outros brotos... mas ainda não são flores.
A abelha gosta das flores, os passarinhos dos galhos, as formigas da folha... e tudo fica no mesmo jardim.
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