terça-feira, 25 de agosto de 2009

Recomeço

Faltava três passos. Daí ele chegava ao destino final. Apenas três passos para completar o objetivo. Três passos e encontraria a gloria.

Um,
Dois,
e largou tudo e voltou.

Outro dia ele fica novamente a três passos, e decide

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Você

Você não chegou e saiu entrando. Primeiro chegou, depois sentou-se e após isso, aproximou-se e finalmente entrou. A porta era meio estreita, teve algumas dificuldades para entrar, não diria dificuldade, mas sim, uma resistencia para entrar. Talvez a porta não fosse estreita, apenas estivera emperrada, presa. Precisaria apenas de um pulso forte para abri-la e entrar. Porém, estava errado. Para abri-la não precisava de pulso forte, empurrão ou qualquer outro tipo de força. Era preciso apenas seu sorriso. E com ele, você entrou e acomodou-se. Agora a porta fechou e deveras a passagem se estreitou.
Vai ser dificil agora, você sair do meu coração.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Preguiça

João já acordou com sono. O sol invadia seu quarto e iluminava seus livros. João decidira que hoje ele não ia ler. Ia apenas escrever. Mas aí João não achou o papel. Demorou para acha-lo. Quando o achou não sabia onde tava a caneta. Quando já tinha ambos em suas mãos, desistiu.

Foi assistir tv.

domingo, 9 de agosto de 2009

Exquadrilha

João, uma criança, queria ser o Seu José, que queria ser o Dr. Jaime, que tentava ver ser igual ao Excelentíssimo Senhor Doutor Harbeman, que queria voltar a ser uma criança.

João cresceu e nunca o chamavam de Senhor, Dr. Jaime conseguiu o almejado Excelentíssimo, porém nunca acompanhado pelo "Senhor e Doutor", e o Harbeman agora é chamado de vô.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

A chegada

A nova gripe chegou com tudo. Assim que chegou quis ir direto para o seu quarto. No onibus, ainda no caminho, ficou imaginando como seria ele...Primeiro imaginou um azul, depois um verde, quando chegou lá era de fato azul, e ficou satisfeita - eu combino com azul-pensou. Depois que conheceu o quarto, desceu as escadas e foi no quintal, falar com sua vó, que estava na cadeira de balanço, fazendo tricô. Não entendia muito o que ela falava, dizia tudo em espanhol, a sua neta apesar de nascer no México se mudou bem rápido de lá e sabia só o básico. Desse modo, ela apenas compreendeu poucas palavras da anciã, que se mostrara ser bastante experiente. Entendia algo como 'na minha época', 'preguiçosa', e outras coisas mais enroladas. Tudo em espanhol. Sim, caro leitor, sua é espanhola, daquelas bem tradicionais.
A menina se irritou. Foi pro quarto. Pensou em fugir- maldita velha!-pensou alto. Porém aí ela parou, se arrependeu no que poderia ter dito, mas pensou! Foi uma fúria repentina. Sentia muita admiração por sua , que outrora fora uma grande celebridade no mundo, reconhecida por todas, comentadas por todas as gerações que se passaram e que agora estava velha recolhida no quintal da sua casa aproveitando sua aposentadoria. Todavia, ela exigia muito da sua neta, botava pressão por ela ser da familia.
E exigia muito da neta. E a netinha ficara triste em saber que a tinha decepcionado.Talvez devesse pedir alguns conselhos a ela, algumas dicas. Se alegrou com a idéia, agora boa, e foi correndo para aprender.
E os passos foram se confundindo com os espirros e foi correndo feliz.