sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Cotidiano


Entre as marteladas de cada mês,
100 jovens são mortos pelo burguês.

Nos trens,
onibus,
e caminhadas.
É longo o caminho,
para mais uma jornada.

Do outro lado.
Dentros dos condomínios,
cercados de cinismo,
com carros blindados
e grupos de exterminios
a burguesia não vê seus inimigos.

Nos domingos,
em dia de missa,
a Igreja lava alma
da burguesia,
-A água benta,
-É a água da hipocresia.

De segunda a sexta,
não há misericordia,
a amnésia toma conta dos caridosos.
A bondade,
A fraternidade,
só para aquele que tem um bom salário.

Para o humilde,
não há perdão.
É dura a tarefa
de respeitar o patrão.

A greve por dignidade,
A greve por um melhor
horário.
A greve - instrumento
de luta
da classe trabalhadora-
está sempre na mira
da metralhadora.

A sociedade ignora
O Estado?
A burguesia controla.
Depois de um dia em frente a TV,
o burguês não tem o que temer.
Há um sorriso satisfeito
pois seu Estado é perfeito.

No fim do expediente,
depois das marteladas
de rotina.
O proletário está com a marmita
vazia.
Com uma familia para alimentar...
.
.
.

Terá sempre que lutar.

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