domingo, 26 de setembro de 2010

Pela democracia

Os meios de comunicação vem evoluindo de uma forma bastante expressiva nas ultimas decadsa. Esse século, XXI, pode ser o tempo de protagonismo da mídia. Cada vez mais esta vai tomando o papel principal na opinião pública, ou quase sempre tentando.

Nos ultimos anos tivemos varios exemplos dessa, o que podemos chamar, de ditadura da mídia. Os grandes jornais chegam na frente da notícia, investigam, julgam e já promulgam a sentença, quase sempre condenando ( Ou quando é do seu interesse, absolvendo). A verdade é que os meios de comunicação puxam para si um quarto poder da republica. Ao lado do executivo, legislativo e o judiciário, a mídia quer ser a protagonista dos poderes. Uma vez que ela tem grande força, grande confiança da maioria da população, eles usam isso para fazer um julgamento prévio, sem o amplo direito a defesa por parte do suposto "réu".

No caso Nardoni, a titulo de exemplo, os jornais apelaram para o clamor emocional, com um acompanhamento beirando o fanatismo, deixando a defesa numa posição muito mais desvantajosa. Assim como no caso do goleiro Bruno, e tantos outros. O problema não é dar a noticia, isso é de extrema importância para a democracia, o problema está da redução dos casos. Os jornais acusam, julgam e condenam, com muito mais celeridade do que a justiça "comum". Depois disso eles desvalorizam totalmente o trabalho feito pelo judiciário. Ora por conceder direitos ao réu, que para eles é desnecessário, ora debochando do seu trabalho. O fato é que para a mídia, nunca está bom. Se o resultado acompanhar o seu, eles reclamam da lentidão do processo. Se for uma decisão adversa a sua, eles desqualificam totalmente, invocando as injustiças do mudo.

Sabemos que esses jornais são comandados por grupos de pessoas. E como todos, esses com tanto poderes, são movidos a interesses. Daí está o problema principal da participação mídia: Quando esses interesses querem convencer ou manipular a grande massa, já que esses meios tem uma enorme capilaridade e credibilidade entre a população. Podemos ver que nos ultimos oito anos, os grandes jornais vem num oposição ferrenha ao governo Lula e agora a candidatura da Dilma. Isso tem um motivo. Esses jornais ligados a pessoas importantes, de grande influencia nos bastidores do Brasil, recebiam antes no governo FHC 70% da receita de propaganda do governo. Agora estes recebem apenas 30% ficando o resto para os pequenos jornais e mídias locais. Assim acentuaram as criticas contra um governo que vem, além das verbas de propaganda, contrariando os interesses dos donos desses jornais, que geralmente são ligados ao conservadores e a interesses estrangeiros. Sendo assim, uma política mais popular, focada mais no povo e não nos empresários, com maior autonomia dos EUA, vão insatisfazendo esses empresários.

Muitos alegam a liberdade de imprensa como direito inabalável. Todos devem defender a democracia e com a ela a indispensável liberdade dos meios de comunicação. Esses, de fato, não devem ser controlados por governos, como também, se controlados por empresários, não podem representar o interesse deles, se por outro lado invoca a imparcialidade e o interesse comum. Desse modo ficamos num jogo arriscado e perigoso. Pois de um lado, se a censura é nociva a democracia, a manipulação da informação igualmente é. Na nossa historia ja tivemos vários exemplos de como isso é perigoso. No golpe de 64 a grande mídia, inclusive o Globo, exaltaram o regime militar. No Chile nas eleições para o congresso na época de Allende, a grande mídia proclamou a vitória da democracia cristã, quando no caso quem havia ganhado era na verdade a Unidade Popular, frente de esquerda pró-Allende. Na Venezuela em 2002, quando a grande mídia chamou o povo, sem sucesso, para derrubar o governo de Chavez. E por último, mas que ainda há vários outros, a tentativa de golpe ( de novo da Globo) no Governo do Estado do Rio, proclamando outro vencedor dos que estava nas urnas, que era o Brizola.

Novamente esses casos se repetem. Quando os governos contrariam o interesses desses empresários, que são os poucos que controlam a mídia aqui no Brasil, eles vem com golpismo baixo, e debaixo do sagrado direito da imprensa livre, caluniam, acusam, julgam e condenam. A favor de seus interesses, sempre. Porém, hoje com advento da internet podemos fazer uma resistencia a essa grande influencia. Por isso temos que lutar para a implantação do Plano Nacional de Banda Larga

Outra visão:
http://www.cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=1&post_id=549

Nenhum comentário: