quarta-feira, 22 de outubro de 2008

palavras

Queria ter uma máquina, para poder assim eternizar os momentos, captura-los e prende-los num papel timbrado para sempre. Eternizar como as palavras que escrevo aqui e agora. Palavras essas que são totalmente diferentes das que são faladas e lançadas ao ar. Essas são livres, mas não têm validade nenhuma. As que aqui escrevo tem um compromisso para com o senhor, leitor. Elas não podem ser modificadas, alteradas, pois elas já estão definidas. As faladas e ditas ficam soltas na imansidão do infinito. As escritas, caros amigos, têm endereço. Mais do que as palavras, as ações e atitudes estão muito acima do que essas meras sílabas. Elas sim são decisivas. Porque quem sabe falar e escrever, fala e escreve como e o que quiser. Pode falar que vai ao Japão, porém não consegue nem sair do quarto. Pode escrever que vai dominar o mundo, mas não domina nem a si mesmo. Quem faz isso é covarde.

Nenhum comentário: