Fazer textos sob encomendas é como pedir às Idéias preguiçosas para se levantarem e trabalharem. Vamos! Levantem! Trabalhem!- Exalta o autor com energia, e elas respondem graciosamente com longos bocejos. Trabalhar um texto é como preparar uma lavoura. Planta-se a Ídéia, cuida dela, com bastante carinho se ela for boa ou pode ser com bastante rigidez e energia se for indisciplinada, e depois disso, colhe-se o fruto: o texto. Ora, nem sempre a lavoura rende, depende de vários outros fatores além do trabalho do autor e da boa vontade da Idéia. Se esta for preguiçosa trará um texto lento, com palavras vagas. Provavelmente dará sono ao leitor, e por conta disso, não irá nunca vê-los. Se porventura ela for entusiasmada, pode proporcionar um bom texto, mas isso não é regra, pode ser atropelado e atrapalhado. Outra variante é o autor. Ele tem que ter dedicação e acreditar na Idéia, faltando isto, no mínimo vai sair um texto desacreditado, por conta da Idéia fraca.... e olha que as vezes ela poderia até ser forte, mas precisa de apoio.
E assim segue a longe jornada pelas palavras que querem ser lidas e outras esquecidas. O texto forçado sai assim truncado. Talvez não atenda as exigencias do Mercado, como são feitos os pedidos de encomenda, e acaba esquecido nas prateleiras. Até o cliente que exigiu palavra por palavra se desinteressa. Resta só a poeira, as baratas e os ratos para roerem palavra por palavra...
Um comentário:
Mal do leitor viciado, quer ler (forçar) as ilusões que não imagina mais.
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