segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

É por isso...

Vemos hoje em dia um descrédito total que o povo brasileiro tem da classe política do país. Mas não podia ser diferente. Além da corrupção, há o uso indevido do dinheiro público e a certeza da impunidade. Tais ingredientes são fatais para a formação dessa opnião pública.

Porém, vamos ver o outro lado da moeda. O do pedreiro, da professora, do padeiro, do motorista. Enfim, de todos os 'comuns' brasileiros que aqui vivem. Sempre houve uma cultura da malandragem, em que ' o mundo é dos espertos' e etc... Desse modo, todo mundo comete os seus erros na sua devida proporção. Deixa esclarecer melhor isso usando exemplos.

Um deputado entra num acordão para a compra de equipamentos super-faturados e o favorecimento de uma empresa para ganhar a licitação, no qual ele ganha uma pequena parte desse esquema. Que é o suficiente para ele trocar de carro e fazer uma reforma na casa.

Já o trabalhador 'comum' faz seus esquemas quando dá. É o corrupto ativo quando tenta subornar o policial, quando faz uma instalação clandestina do seu equipamento, quando rouba materias da sua empresa, e até mesmo quando fica com o troco errado do mercadinho. E nós podemos ver esse exemplos como caminho de volta também. É o policial que pede o dinheiro pro 'café', o cliente que pede pra puxar mais um ponto e etc... Todas essas atitudes estão restritamente ligadas as atitudes dos politicos. Praticamos o que nós reprovamos.

Um exemplo mais simples de todos é o futebol. Quando o time do torcedor adversário é roubado, há comemoração, 'foda-se, vai chorar pra lá' como resposta e etc... Quando é seu time, é ele que lamenta e fica incorformado com as decisões do arbitro.

Paciência.

Não é digno de nenhum brasileiro reclamar enquanto ele praticar esses mesmos atos. Ai daqueles que falarem: " Mas eu só roubei cinco reais." Quem mata um, mata dez. Quem rouba cinco reias, rouba cinco milhões. O que não há, é a oportunidade.
Lamento dizer isso amigos, mas esse país só vai crescer de fato quando essa mentalidade colonial, mediocre e escravocrata acabar... Por enquanto seremos apenas mais um 'país do futuro'.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Morte e vida Parlamentar.

A dura vida do parlamentar brasileiro. Nessa semana o ex-deputado federal pelo PL (atual PR) e ex-bispo da Igreja Universal Carlos Rodrigues, falou em seu depoimento no julgamento do Mensalão, sobre a dificil vida do parlamentar brasileiro. Ele destacou pontos, segundo a sua opnião, que eram desvantajosos para a vida parlamentar. Eis o seu depoimento:

“Ser parlamentar é muito ruim, meritíssimo”, disse. “Muito ruim. Você sacrifica tudo o que tem. Entra ali de manhã e sai à noite, não vê o dia passar. Se ocupa o dia inteiro. Sábado à noite, você às vezes tem que ir a um casamento, abraçar 100 pessoas que nunca viu na sua vida. De repente, você está em casa, um eleitor seu morreu, tem que botar o terno e ir ao enterro. Nove horas da noite, você está com sua família, sua esposa quer ir ao cinema, tem que atender a um pedido político. Ser parlamentar não é simples, embora a imprensa ache que é um paraíso. Não é”.

Acho engraçado ele reclamar em dar abraços para desconhecidos. Enquanto há pessoas que querem dar abraçoes de graça ( "free hugs" - procura no google! ), ele reclama. E ele ainda é pago para isso. Tudo bem... Ele também é pago pra trabalhar três vezes por semana, participar de alguns esqueminhas, fazer algumas votações... E muito bem pago por sinal. Um parlamentar brasileiro ganha em média 2.068 salários mínimos. Na minha opnião não há razão para reclamar.

Um parlamentar equivale também a 344 professores ( isso concedendo um aumento de 100% para eles, senão o número viria para 688). E os professores também dão abraços em desconhecidos. Se um aluno dele morrer, ele também tem que ir ao enterro. Mas por que será que ela faz isso ?! Porque a professora tem amor aos seus alunos, amor para ensina-los. E por que o parlamentar abraça estranhos? Porque eles tem amor ao dinheiro público, e a quem pertecence a porra do dinheiro PUBLICO?! Ao povo brasileiro babaca, nesse caso, como foi dito pela Vossa Excelencia, Carlos Rodrigues, os eleitores.

A impressa é impiedosa. Não só com os politicos mas também com os jogadores de futebol. A gente fica imaginando como seria a vida de um ator, de um jogador de futebol, de uma cantora mas a gente nunca imagina como seria a vida de um parlamentar. Deveriamos imaginar um pouco mais isso... Mas não vejo o motivo da Vossa Excelencia, Carlso Rodrigues, reclamar da imprensa. Ela é assim com todos. Paciência.

Há também um certo caso de uso do cartão corporativo, que estão sendo usados indevidamente pelos ministros... Mas isso não vem a pauta. São ministros e não parlamentares. Tudo bem que eles usam o mesmo dinheiro, o nosso. Mas isso não vem ao caso

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Ponto de vista

O rapaz está sentando na mesa de um bar. Um casal passa bem em frente a ele. Anda mais uns metros e os dois param para atravesar, estão esperando o sinal fechar. O rapaz levanta e anda na direção dos dois. O namorado percebe algo estranho e tenta fugir. Tarde demais. (Aqueles que dizem que nunca é tarde, mentem.) Dessa vez não teve jeito. Foram apenas três tiros, dois nas costas do homem e um na cabeça da mulher. O atirador pegou a carteira e deu as costas.
Houve um silêncio imortal.
Contei no meu relógio. Demorou dois minutos e vinte e um segundos para alguem socorrer o casal. As outras pessoas se assustaram com o tiro e se esconderam, e ao sair do esconderijo, proseguiram a sua vida. Cento e quarenta e um segundos para tentar salvar duas vidas. Tarde demais.

Está reflexão foi de um morador de rua. Que observou tudo do outro lado da sua " casa". Sim caros críticos, ele tinha um relógio. Desses velhos e enferrujados que você joga fora por aí.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Olhos.

Há um certa cultura nacional de que a sinceridade é transmitida pelo olhar, de que quando se olha nos olhos é inevitável não dizer a verdade . Pois meu caro amigo, isso é uma mentira. Já disse inúmeras verdades olhando para o chão, e isso se chama vergonha. Já disse muitas mentiras olhando para os olhos, e isso se chama convicção.

É praticamente impossivel encontrar a verdadeira 'verdade'. O que nós temos quando acreditamos em algo é a confiança. Confie em mim, que eu sempre te direi a verdade.