segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Escravidão e servidão sem fim

Enquanto todos têm dinheiro, carros, sítios... Eu possuo coisas que todo mundo tem, mas ninguém dá valor. Tenho somente uma propriedade: a palavra. Sim, caro leitor, elas são minhas escravas. Há regra para usa-las, mas eu nao as respeito. Porque elas sao minhas e só minhas, e obedecerao as minhas regras e nao as impostas por terceiros. Eles promulgaram uma nova constituiçao para as palavras, que fica em vigor a partir de 2009. Obedecer ou nao vai ficar a meu critério, porque elas sao minhas lacaias, minhas escravas, minhas palavras.

Se estiver chovendo eu deixo a âgua usar o chapeu, a nao ser que ela queira continuar molhada. Para a solução, eu tiro o ã (detesto o til, ele é muito metido) e lhe dou um soluço, causando-lhe um problema. Ou seria probrema ? Na duvida eu tiro os dois r's e boto o b para descansar, deixando ele assim bem mais bonito, como um poema. Mas se o b insistir em trabalhar, eu o coloco no jardim, como um balanço junto com os girasois. Se esses ficarem brigando, eu os separo e boto o sol para girar. Desse modo a agua vai poder desfilar sem seu chapeu, devolvendo ele para o vovô. Falando nisso eles são os unicos com quem eu não importuno, o vovô e a vovó, porque além de ficarem irratadíssimos quando eu troco ou tiro os seus chapeis, eles já tem uma idade avançada. Já deram a sua contribuição, não os castigo e os respeito. Prefiro brincar e mexer com as crianças, que permutando ç pelo d, boto-os numa verdadeira ciranda.
Quando elas pararem de brincar, não vou deixar ninguém brindar apesar do d insistir tanto para isso, vou botar todos para dormir e descansar. Pois amanha eles terão um dia cheio de trabalho e cansativo. Boa noite minhas palavras.

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