quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Igreja


Deus trabalha para os ricos e os pobres são os que pagam a conta. Não adianta rezar, temos que revidar. As Igrejas e religiões como um todo, atravancam o desenvolvimento humano, gerindo no homem um sentimento de impotência, de incapacidade. A Igreja Católica prega a caridade e a solidariedade para o fim da pobreza. Porém, todos nós sabemos que a caridade só adia a miséria. A Igreja não está interessada nos interesses do povo, da grande massa. Toda Igreja é uma empresa e trabalha explorando a mão-de-obra de alguns voluntariados. Desse modo ela é representante de uma classe, a burguesa, que sempre explorou e explorará os proletariados.

O Papa mais antipático da História sentado no seu trono de Roma jamais saberá da miséria da Somália, jamais viverá as probrezas do sertão nordestino ou das periferias do Rio. Se a Vossa Santidade realmente estivesse interessada no fim da miséria, se mudaria para a África, no qual é o continente mais violentado pelo Imperialismo europeu, e tentaria mudar as coisas. Primeiro com roupas mais simples, igrejas mais pobres e mais abertas. No tempo em que a Igreja teve um certo monopólio do domínio da sociedade, esta ficou parada, inerte. A religião vai contra a ciência, a razão. A religião trabalha com o sentimental, o emocional, que é totalmente oposto ao racionalismo. O Catolicismo sempre põe barreira aos homens com seus dogmas. Primeiro, com a criação da Inquisição, Tribunal da Igreja Católica, cuja o método de busca pela verdade era feito pela tortura, o acusado não tinha nenhum direito, as denuncias eram secretas, assim como os julgamentos ( no qual o acusado já sofria a pena corporal via tortura antes de ser condenado). Depois foi a tentativa de parar o avanço das Ciências, negando as teorias heliocentricas de Copérnico e Galileu, condenando o ultimo. Com a expansão marítima, no qual ela também foi condenava, a Igreja viu nas Américas a oportunidade de expandir seu marcado, com mais consumidores a serem 'doutrinados', nessa época a Igreja já estava perdendo bastante seu mercado consumidor devido a concorrências na Europa. Sendo assim, eles viam nas almas 'puras' dos indígenas a oportunidade de aumentar seu lucro em troca da destruição total das suas culturas nativas.

Preocupada com a ascensão do socialismo em consequência do desenfreado liberalismo que dominava e explorava a maioria da população mundial, o Papa Leão XIII edita Rerum Novarum : sobre a condição dos operários (em latim Rerum Novarum significa "Das Coisas Novas") em 1891. O documento nega o socialismo e faz uma defesa clara a propriedade privada. "A encíclica critica fortemente a falta de princípios éticos e valores morais na sociedade de seu tempo e laica, uma das grandes causas dos problemas sociais. O documento papal refere alguns princípios que deveriam ser usados na procura de justiça na vida industrial e sócio-económica, como por exemplo a melhor distribuição de riqueza, a intervenção do Estado na economia a favor dos mais pobres e desprotegidos, a caridade do patronato aos trabalhadores."

Uma parte (bonita) da encíclica:
"Quanto aos ricos e aos patrões, não devem tratar o operário como escravo, mas respeitar nele a dignidade do homem, realçada ainda pela do Cristão. O trabalho do corpo, pelo testemunho comum da razão e da filosofia cristã, longe de ser um objecto de vergonha, honra o homem, porque lhe fornece um nobre meio de sustentar a sua vida. O que é vergonhoso e desumano é usar dos homens como de vis instrumentos de lucro, e não os estimar senão na proporção do vigor dos seus braços."

Porém, anos depois nós vemos a Igreja se curvar ao Governo Fascista de Mussolini em troca de um reconhecimento tardio de um micro-Estado. Mesmo sabendo que o Vaticano criticou o Nazismo alemão, sabemos que ao mesmo tempo o Catolicismo torcia por ele para evitar o tão temido comunismo e o fim da propriedade. Logo Jesus Cristo, que como nos conta a Bíblia, um homem tão desapegado as riquezas. Em que lado será que ele ficaria?

Concordo plenamente em que as Igrejas não são o monstro do qual o autor pinta. Reconheço a sua importancia com projetos sociais, um apoio àqueles que precisam de uma ajuda metafísica, na recuperação de indivíduos mostrando um caminho longe dos crimes e da marginalidade. Todavia esses avanços da Igreja não vem de graça, e o preço é alto. Há milhoes de orações para mudar o mundo, pela paz, pelo fins das doenças e por pequenos milagres caseiro e nunca houve uma mudança significativa, por que será?

não adianta rezar, temos que revidar.

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