Hoje eu briguei com a minha melhor Idéia. Desperdiçamos um poema. Não sabíamos se ia ficar bom, mas estava tudo caminhando para a conclusão. Daí veio a briga, o impasse. As brigas sempre ocorrem por fatores banais, por imposições e inflexibilidades. Quando ninguém quer ceder e todos querem avançar, é natural que o mais forte avance e o mais fraco ceda. Eu cedi, a Idéia avançou. Por um ato covarde eu rasguei o papel, a poesia foi suprimida. A Idéia se irritou, gritou, xingou e foi embora. Não foi sozinha, ela era a minha melhor Idéia e levou consigo todas as suas irmãs e primas.
Fique desnorteado. Inerte. Não sabia o que fazer. Tudo parecia ser inútil, tolo. Horas foram gastadas, papéis, lápis, todos foram usados. Não sabíamos se ia ficar bom, mas estava ficando tão bonito. A briga se deu porque eu queria uma palavra, a minha preferida. A Ideia, com toda a sua arrogância, queria outra. Uma mais feia, que é usada em bares, ternos e outras esquinas inconvenientes. Eu queria palavras cultas, de universidade, biblioteca, livros caros. A Idéia queria palavras prostitutas, sujas, vulgares.
Eu queria palavras puras. Ela - putas.
A historia termina assim leitor: Você fica sem poema. Nem palavras formais ou informais. Nada. O que resta é o papel que vaga na mesa -perdido- sem orientação. As palavras voltam para os seus livros ou esquinas. A minha melhor Idéia abandonou-me. Deve estar aí agora, vadiando, se prostituindo na cabeça de outros autores.
Fique desnorteado. Inerte. Não sabia o que fazer. Tudo parecia ser inútil, tolo. Horas foram gastadas, papéis, lápis, todos foram usados. Não sabíamos se ia ficar bom, mas estava ficando tão bonito. A briga se deu porque eu queria uma palavra, a minha preferida. A Ideia, com toda a sua arrogância, queria outra. Uma mais feia, que é usada em bares, ternos e outras esquinas inconvenientes. Eu queria palavras cultas, de universidade, biblioteca, livros caros. A Idéia queria palavras prostitutas, sujas, vulgares.
Eu queria palavras puras. Ela - putas.
A historia termina assim leitor: Você fica sem poema. Nem palavras formais ou informais. Nada. O que resta é o papel que vaga na mesa -perdido- sem orientação. As palavras voltam para os seus livros ou esquinas. A minha melhor Idéia abandonou-me. Deve estar aí agora, vadiando, se prostituindo na cabeça de outros autores.
Um comentário:
Eu prefiro tããão mais prosa que poesia!!
Pq vc não só escreve prosa.
Escreve mt bem!
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