sábado, 27 de dezembro de 2008

Parede

O menino fica ali sentado de frente para a parede branca. Se o leitor quiser, ela pode ser de outra cor, não necessariamente branca. Ponha-lhe um verde se quiser, porém já adianto que escreverei algo triste. Azul também não vai combinar e o rosa, idém. Pinte-a de preta se quiser, porém eu nunca vi uma parede preta. Não sei o por quê que a discriminam tanto, ela é tão mais prática: Não suja e combina perfeitamente com as palavras que escreverei. Pensando bem... preto é uma cor muito pesada. Pesada demais para um simples ato. Deixe então, amigo, um meio termo. O cinza. O mundo é cinza, então minha parede também é cinza.
O menino sentado, lenvanta-se e diz: Pintarei de amarelo!

domingo, 21 de dezembro de 2008

Exploração

Socialismo ou Capitalismo.

Só têm essas opções?

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Preguiça

Eu vos ordeno:

P F D P
A I E É
L Q
A U
V E
R M
A
S

Preguiçosas!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Escravidão e servidão sem fim

Enquanto todos têm dinheiro, carros, sítios... Eu possuo coisas que todo mundo tem, mas ninguém dá valor. Tenho somente uma propriedade: a palavra. Sim, caro leitor, elas são minhas escravas. Há regra para usa-las, mas eu nao as respeito. Porque elas sao minhas e só minhas, e obedecerao as minhas regras e nao as impostas por terceiros. Eles promulgaram uma nova constituiçao para as palavras, que fica em vigor a partir de 2009. Obedecer ou nao vai ficar a meu critério, porque elas sao minhas lacaias, minhas escravas, minhas palavras.

Se estiver chovendo eu deixo a âgua usar o chapeu, a nao ser que ela queira continuar molhada. Para a solução, eu tiro o ã (detesto o til, ele é muito metido) e lhe dou um soluço, causando-lhe um problema. Ou seria probrema ? Na duvida eu tiro os dois r's e boto o b para descansar, deixando ele assim bem mais bonito, como um poema. Mas se o b insistir em trabalhar, eu o coloco no jardim, como um balanço junto com os girasois. Se esses ficarem brigando, eu os separo e boto o sol para girar. Desse modo a agua vai poder desfilar sem seu chapeu, devolvendo ele para o vovô. Falando nisso eles são os unicos com quem eu não importuno, o vovô e a vovó, porque além de ficarem irratadíssimos quando eu troco ou tiro os seus chapeis, eles já tem uma idade avançada. Já deram a sua contribuição, não os castigo e os respeito. Prefiro brincar e mexer com as crianças, que permutando ç pelo d, boto-os numa verdadeira ciranda.
Quando elas pararem de brincar, não vou deixar ninguém brindar apesar do d insistir tanto para isso, vou botar todos para dormir e descansar. Pois amanha eles terão um dia cheio de trabalho e cansativo. Boa noite minhas palavras.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Contribuição

Por dez centavos eu escrevo dez palavras. Um centavo cada...

Das cotas-Parte II

Um projeto de lei aprovado no dia 25 no Senado limita em 40% a venda de bilhetes de shows, cinemas e espetáculos para estudantes e idosos, que têm direito a pagar apenas a metade do valor do ingresso. Ou seja, tanto os idosos quanto os estudantes que ficarem nos 60% restantes não serão contemplados com a meia-entrada e terão que pagar a inteira. Pensando bem... hoje em dia eu diria que eles teriam que pagar o dobro, porque a meia já é equivalente a inteira.
Isso confirma o que sempre acontece no Brasil. Mais uma vez os inocentes, os honestos terão que pagar o preço por pessoas desonestas. A malandragem, o esperto brasileiro sempre prejudica aquele que segue penosamente o caminho correto. Os produtores culturais reclamam ( com razão ) da falsificação e da emissão desordenada de carteiras estudantis. Reclamam que têm prejuizos com a meia entrada, porque muitos desses ingressos teriam que ser inteiros. Porém, o que ainda não deu pra entender é onde os idosos têm culpa nisso? Será que tem gente falsificando a identidade para ter mais de 65 anos? Já não basta o desrespeito de sempre com aqueles que já contribuiram com seu suor para a construção do país? E se nessa cota de meia-entrada tiver gente com carteirinha falsificada? O verdadeiro estudante não vai ter o beneficio que lhe é de direito? Quem vai ter o controle das pessoas de meia-entrada? É muita desorganização. Eu entendo que a cota para ingressos com descontos não corresponde com a demanda e a procura para esses bilhetes. Na grande maioria o publico alvo dessas produções culturais são para jovens, que em geral, são estudantes. Relmente não dá para entender a aprovação desse projeto de lei. Mais uma vez o Congresso vai na contramão do interesse da maioria da sociedade. O que seria de fato a medida mais sensata, seria um controle efetivo e uma maior organização na emissão de carteiras estudantis, e penas rigorosas para falsificadores. Desse modo, iria inibir e muito os malandros desse Brasil varonil.
Todavia, como eu já bem disse antes, essa medida só vai beneficar os desonestos. Visto que os produtores não irão baixar o preço das entradas. Pode até ter uma pequena redução, mas eu aposto que será apenas simbólica, apenas para jogar na cara do povo. E vai ser aí que todo o meio cultural vai tropeçar. Porque a pirataria vai se expandir ainda mais, ganhando mais clientes. Primeiro vão ser aqueles que já eram desonestos, os que tinham a carteira falsificada e não foram contemplados com a cota. E depois vão ser aqueles honestos, que não tinham se corrompido, que por não ter outra saida, para ecomizar dinheiro, vão buscar na pirataria a sua fonte de cultura. Infelizmente, brasil, infelizmente...

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Das cotas

O que me deixa mais triste nas pessoas, digo, nos ricos, é que de todas as injustiças que existem no mundo, eles só reclamam quando os únicos favorecidos de tudo são os oprimidos. Ninguém gosta de ser ofendido, ninguém. E acredite amigo, nem os negros, nem os pardos, nem os roxos, nem os cinzas, gostam de ser ofendidos. Mas se ainda há discriminação, algo tem que mudar. Cotas para negros é justo. Se há pagamento de pensões para os exiladados e torturados da Ditadura Militar, o sistema de cotas é o mínimo que o governo poderia fazer para reparar os quase quatro séculos de escravidão no país. Os índios, sem comentários, foram praticamente massacrados pela Metrópole. Os pobres, coitados, sofrem, sofrem, sofrem. O Estado não é capaz de oferecer um ensino fundamental de qualidade. Crescem sendo semi-analfabetos. Viram pedreiros, faxineiros, porteiros, quando alguns têm sorte, viram traficantes. Há uma estagnação social absurda. Agora quando o governo faz o seu papel: que é oferecer educação para todos, colocando cotas nas vagas para as universidades federais, há uma discriminação, há uma injustiça! Injustiça é ter criança na rua, injustiça é um ser humano morrer de fome, injustiça é uma cidadão ser discriminado por sua renda, por sua cor. Injustiça é você crescer sabendo que jamais será uma pessoa bem-sucedida.

Ora, uma universidade abre as portas das oportunidades para todos. Você quando vê uma criança do ensino publico, nunca irá imaginar ela como uma médica, ou juiz, ou um engenheiro. Sua visão preconceituosa e distorcida não permite isso. Agora, mesmo você torcendo contra, ela tem pelo menos a oportunidade. Não é que ela vá ser um excelente médico, mas pelo menos ela tem a oportunidade, um instrumento para isso. Não é que esse sistema seja o final de tudo, pelo contrário, é o começo. Apenas o pontapé inicial. Resta o Estado agora reformar o ensino fundamental. Cujo a competência é de esfera municipal. Sendo assim, com uma reforma na educação fundamental principalmente, será desnecessária as cotas. E meu amigo, quando esse dia chegar, o Brasil, de fato, vai pra frente.

Minha classe média, paciência. Eu sei que você, entre todos, é a que vai sair mais prejudicada. Mas por favor, tente entender que vai valher a pena. Com a educação acaba a violência. Esse é o unico remédio para tal. Por enquanto você vai dando seus passeios na Disney...

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Chaminé

Caro leitor, repare na fumaça que sai da boca do fumante:
Elavaisaindoesome.....

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Teoria prática do dinheiro

Pessoas interpretam-me mal quando o assunto é dinheiro. Devem fazer péssimos e pré-conceituosos julgamentos sobre a minha pessoa. Não ligo. Chamam-me de ganancioso, não ligo, caluniam-me de avareza, não ligo, julgam-me como egoista, nesse quesito, eu me importo.
Não concordo com Adam Smith, nunca o indivíduo está a frente da sociedade. Quase sempre o melhor para você, é o pior para o coletivo. Isso classifica-se , no meu ponto de vista, como egoismo. E não individualismo. Quando penso em trabalhar, produzir dinheiro, não penso exclusivamente em mim. Penso também no coletivo. Claro, com míseros centavos e até mesmo com milhões, não é possivel acabar com todas as mazelas do mundo. Resta a cada um a sua consciência, de ajudar ou não. É uma escolha. Não vou ficar repetindo o discusso de que ' cada um tem que fazer a sua parte.' Se for assim, todos vão fazer a sua respectiva parte visando benefício proprio. Ninguém é obrigado a ceder ou ajudar em nada. Porém há uma premissa inexorável: Todos são responsáveis por todos.
Sendo assim, os que fogem dessa responsabilidade um dia terão o seu preço. Do mesmo modo como sofrem todos irresponsáveis. Não no plano divino, longe disso! Será aqui mesmo em frente a você, caro leitor, que ele pagará. Eu creio nisso fielmente. Do mesmo modo em que o Mercado esnoba o Estado quando está prosperando, o irresponsável faz o mesmo com os menos favorecidos. Porém chega o tempo em que o Mercado, que não consegue se manter sozinho, suplica e implora ao Estado por ajuda. Do mesmo jeito acontecerá com os irresponsáveis, tentarão se socorrer no coletivo. Ninguém vive sozinho. Nem o mercado e nem o individuo. Ambos precisam do Estado e da sociedade, respectivamente. Resta a cada um desses a hora de também saber ajudar, e não somente ser ajudado.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Para inglês ler.

Passando pela calçada ninguem o percebe Ta ali quieto no canto dele Nao mexe com ninguem ja moveu muita gente mas agora que ja foi usado mastigado e cuspido nao serve mais pra nada Ele o chiclete mastigado que ja foi bonito com roupa e limpo agora esta imundo amassado e feio Pessoas cachorros pombos insetos todos passam mas ninguem se importa O que sera que eu fiz deve pensar ele nesses tristes momentos Ele nao serve mais pra nada Quando perde se o doce e isso que acontece
Pobre chiclete mastigado Nada mais serve para ele o ocio e o que lhe resta

Caro leitor eu porem dei mais uma e somente mais uma atribuiçao para esse pobre ser deixei o limpar esse texto ele como ja estava sujo limpou toda a sujeira em seu corpo ficou tudo grudado mastigado e cuspido

,.;,´.,-,~,!,.´,,~..;~.,!,.-,,´,~,.?.´.,.!~.:..

Ele ainda não terminou de limpar aqui... Chiclete imprestável !

sábado, 8 de novembro de 2008

basta apenas fazer uma coisa para melhorar um dia ruim... Dormir.

domingo, 2 de novembro de 2008

A pior certeza da vida é a morte, e a melhor pode ser a vida que vem após ela...

Ou seria o contrário ?

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

palavras

Queria ter uma máquina, para poder assim eternizar os momentos, captura-los e prende-los num papel timbrado para sempre. Eternizar como as palavras que escrevo aqui e agora. Palavras essas que são totalmente diferentes das que são faladas e lançadas ao ar. Essas são livres, mas não têm validade nenhuma. As que aqui escrevo tem um compromisso para com o senhor, leitor. Elas não podem ser modificadas, alteradas, pois elas já estão definidas. As faladas e ditas ficam soltas na imansidão do infinito. As escritas, caros amigos, têm endereço. Mais do que as palavras, as ações e atitudes estão muito acima do que essas meras sílabas. Elas sim são decisivas. Porque quem sabe falar e escrever, fala e escreve como e o que quiser. Pode falar que vai ao Japão, porém não consegue nem sair do quarto. Pode escrever que vai dominar o mundo, mas não domina nem a si mesmo. Quem faz isso é covarde.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Pra que?

O que é isso?- Pergunta uma criança apontando para o cordão do velho. Ele que já respondera perguntas muito mais dificies e complicadas do que essa, agora ficara engarrafado naquela indagação simples e inocente. Ele que, se considera inteligente e sábio, tanto pela educação, quanto pela experiencia de vida, agora já não se sentia confortável com nenhuma resposta que lhe vinha a cabeça.

É um cordão.- Responde o velho a criança. Resposta que não satisfaz nem a criança e nem ao velho. E ela ainda insiste! 'Mas pra que serve? É de comer? Por que tá no pescoço?' E o velho, que não conseguia explicar nem a primeira pergunta, agora estava confuso demais com essa avalanche de indagações a um mísero objeto. Que ousadia! Como ele pôde pensar assim sobre esse objeto tão significativo em sua vida. Arrepende-se de ter desejado a miséria ao seu nobre cordão. Sim, caro leitor. Nobre cordão que fora passado de geração a geração. Era de um valor sentimental inestimável. Foi passado de pai pra filho, e estava chegando a hora passar para o seu filho e... ? Mas pra que? Pra que continuar com essa tradição sem razão? O cordão até tinha seu valor, era bonito, de ouro e pedras preciosas, valia uma boa grana... Mas por que? O homem que compraria esse cordão do velho, talvez o fizesse para ofertar de presente. Para enfeitar alguem ou se enfeitar. Mas pra que se enfeitar tanto? Enfeitamos as coisas porque elas são inanimadas. Porque não falam, não agem... ficam ali caladas e imóveis. Agora por quê e pra que enfeitar os homens? Nós falamos, agimos, prometemos, mentimos, fazemos uma série de ações. E não é necessário nada para nos enaltecer. A não ser nossos próprios atos.

Maldito cordão! Ele que pensava que já podia morrer tranquilo, agora adquiriu mais uma aflição. Maldito cordão que só serve para adornar. Não precisa de tanto.

Enfeite-se com sabedoria.

domingo, 12 de outubro de 2008

Chuva de verão

Cada um vive no seu inferno particular. Cada um vive no inferno que merece. Pergunte para qualquer um: ' Como é a sua vida?' Quase sempre vão respoder que é uma maravilha. Agora peça para que essa mesma pessoa fale sobre a propria vida dela. Ela só vai dizer desgraças. Isso não acontece porque todo mundo só valoriza as coisas ruins, ou pior, que não valorizam as coisas boas. Isso acontece porque a vida é ruim para todos. Não há exceção. Pode até haver alguns minutos de felicidade, mas logo a tristeza vem e pega o lugar que lhe pertence.

Há alguns que dizem que enquanto um ri, o outro chora. Eu ouso dizer que isso está redondamente errado. Nunca vejo uma metade sorrindo e a outra chorando. O certo é que enquanto todos choram, poucos ( sortudos) riem.

O fato é torcer para que o motivo de tanto choro, seja tanto riso.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

moedas perdidas.

Pobres são as moedas achadas no fundo do bolso. Antes fossem ricas notas, mas são apenas moedas. E ficam ali como se fossem um fardo pesado a quem carrega. Aquele barulho insurpotável de metal que não serve para nada. Antigamente elas até valiam alguma coisa, hoje, porém, não valem um pão. Pobres moedas. As notas da carteira são melhores. São leves e maleáveis, e o principal, são silenciosas. Uma simples nota pode valer muito mais do que centenas de moedas.
Imprestáveis trocados que ficam espalhados pela casa, se todas as cem ficassem juntas, até valeria uma boa nota. Porém ficam todas separadas, desunidas. Assim nunca irão valer nada.
Pobres moedas separadas.

domingo, 28 de setembro de 2008

São Cosme, São Damião e Santa Proteção

Ele estava num botequim conversando com o seu amigo Preconceito, quando este disse:

- Amigo, olha só que triste, o mundo não é mais como antes. Não há mais crianças nas ruas correndo atrás de doces. Todas elas estão presas pelas grades dos seus condominios para garantir proteção. Ficam ali paradas até aparecer alguem para passar o magro saco de doce entre as grades frias. Depois voltam para dentro, esperando outra oportunidade. Elas foram privadas de correr e sentir o vento no rosto. Essa infancia se limita a ficar sentada e protegida. É uma fatalidade, é uma pena.

Ele, porém, não concordou. Argumentou que ainda há crianças que correm e desfrutam da liberdade para caçar doces. E que essas são tão visíveis quantos as menos privilegiadas que ficam presas. Ele continuou e disse que não estava entendo qual era o objetivo da conversa, já que ele estava analisando apenas algumas crianças. O Preconceito então terminou a sua cerveja, e explicou para seu amigo que eram exatamente essas crianças livres que privavam as outras dessa liberdade. E que essas não mereciam estar correndo, e sim presas. E que seriam as presas que mereciam correr e correr para buscar o máximo de doce. Começou a reclamar que os valores se inverteram e que essas crianças sujas e mal educadas não merecem nem o pior saco de doce que alguem podia ofertar.

Dessa vez o nosso amigo se enfureceu, e disse que não há distinção entre as crianças. Elas são todas as iguais. Pode até ser que tenham tido oportunidades diferentes, mas não pode haver tal distinção. Elas ainda estão em forma de pedra bruta e precisam ser lapidadas, ou para o bem, ou para o mal. A infância é uma linda fase, e deveria ser aproveitada por todas as crianças. Triste são aquelas que tiveram que crescer rápido, e não tiveram a oportunidade de ter uma boa infância. Terminando de falar, ele jogou a sua cerveja quente no chão e continuou:

-Isso é tudo que elas têm agora. Correr atrás de pobres doces, esse é o lazer delas. O resto das vidas delas são só desgraças. Enquanto a sua pobre criança reclama que quer um computador novo, a minha criança livre não tem nem tênis para correr. Elas mal tem comida, roupas, como você quer que tenha educação? Deixe-as em paz, deixe-as correr, deixe-as livres. Nada se inverteu, tudo está no rumo certo. Um saco de doce nada vale para uma criança que está presa em seu condominio, mas pode valer muito para aquela que quer garantir a sua sobremesa da semana. Todas as crianças merecem ter uma infância. Elas deviam correr juntas, porém o Medo não permite. Essas crianças só querem aproveitar a sua infância que elas sabem que logo vai acabar.
Na vida real, é completamente diferente: a parte feliz fica no começo e não no final.

domingo, 21 de setembro de 2008

Para algum ateu

Deus pegou um enorme pano preto e foi costurando as estrelas... e depois pegou um azul bem clarinho e começou a costurar as nuvens ( e em algumas delas fez até uns desenhos.) Ao final, pegou um amarelo bem radiante e costurou o sol.

Essa seria uma boa história para qualquer criança, mas não para um Homem.

Se eu pudesse vender apenas um conselho, seria: Amigo, não vá à igreja. Repare, somente os tristes vão para lá. Os felizes simplesmente não precisam ir para desfrutar melhor a sua felicidade. Talvez eles precisassem ir para pedir algo a mais em suas vidas felizes, porém pode se fazer isso dentro de casa. Já que deus é onipresente, já que deus vê tudo. Ele com certeza não iria deixar escapar os seus pedidos. Porém os tristes, coitados deles, precisam ir à igreja para suplicar, implorar ou até mesmo ajoelhar-se ao pé de seu pai para pedir um pouco menos de tristeza em suas vidas. E olhe que até mesmo fazendo isso tudo em lágrimas, ele ignora e até piora a situação do infeliz. Agora o Homem que faz seus pedidos em casa, as vezes até é atendido. Porém quase sempre dá a si mesmo os méritos para tal realização. Tudo bem, caro crítico. As vezes os tristes são atendidos e os felizes têm uns pingos de tragédia. Essas oscilações na vida são normais, e não é um grão-ser que decide o rumo das ondas. O mar fala por si.

Antes os deuses tinham muitas atribuições, mas aos poucos a ciência foi adquirindo umas para si. Agora tudo se resume a um só deus e a uma só atribuição: o mistério do pós-vida, como diria os otimistas, ou o mistério da morte, como diria os minimalistas. Os infelizes, que já tiveram a sua vida na desgraça, esperam seu consolo na morte e por isso se apegam na religião. Já os felizes estão bem satisfeitos com a sua vida e não se preocupam com a morte. Eles apenas vivem. Talvez essa seja a fundamental diferença entre esses grupos tão distintos... enquanto um lamenta, faz suposições e aguarda uma ajuda divina, o outro não abaixa a cabeça, não se ajoelha. Apenas olha seu rumo e segue em frente. Enquanto um espera a morte, o outro vive.

sábado, 13 de setembro de 2008

De como ele foi e sempre continuará sendo um otário, mas não percebe

Olhando antigas fotos, lembrando antigas lembranças, ele percebe de como era um estúpido. De como suas roupas eram deploráveis e de como suas atitudes eram dispensáveis. Era um otário, depois de um tempo de reflexão, chegara a essa conclusão.

Talvez tenha achado essa reposta porque agora tem maturidade. Então ele se lembra que naquela época ele também se achava maduro. E aí vem o medo, a insegurança, e a terrível afirmação: 'Invevitavelmente, sou um otário!' (Meu amigo, isso acaba com qualquer um.) Chegar a essa conclusão não foi algo fácil. E ele começa com toda aquela inquietação. De que quando foi ridículo com os outros, mas pensou que estava agradando. De que quando fez brincadeiras com o próximo, e na verdade, o estava machucando. Desconsolado, ele se joga na cama. Olha pro teto esperando que venha mais lembranças da sua otariedade. E elas vêm aos montes: De que quando foi submisso. De que quando mesmo sabendo que estava certo, se curvou ao errado. De que quando não soube impor as suas vãs opniões. Sempre aceitando, sempre se conformando, sempre se rebaixando, sempre, sempre, sempre. E nunca nenhum: NUNCA!

Leva as mãos ao rosto, coça a cabeça. O travesseiro já está amassado. A cama, totalmente desarrumada. Porém isso se arruma. Fatos passados, não. Ele sente a inevitável vontade de chorar, mas as lágrimas simplesmente não caem. E fica tudo assim... vago, sem rumo, sem nada.

Não levantará dali homem. Quem vai levantar daquela cama é o otario de sempre. Que sempre foi que sempre será. Até ele ter a coragem e a ousadia de gritar: NUNCA!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Nada é como o verão.
Talvez o inverno não seja tão frio,
talvez o inferno seja um pouco rico.
Mas nada é como vocês verão.

A gente só vê a luz das estrelas,
e não as estrelas.
Nós só vemos as luzes na escuridão.
Então, do que vale ser bom?
do que vale ser pobre?

se a única maneira de ser feliz é sendo um nobre.

sábado, 6 de setembro de 2008

Em fim.

mas enfim...
isso jamais terá um fim.
Seria bom se ao menos tivesse um começo.
Porém no meio, eu já me esqueço.
que eu não te conheço.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Enquanto isso num bar...

Garçom, me vê uma vaga pra UFF por favor! O que? Só tem sem trote? Tudo bem, pode mandar mesmo assim...

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Tentativas frustradas

Me deu uma vontade súbita de escrever alguma coisa triste. Porém o Obliquo, o pronome, já vem me avisando que eu comecei errado. Ele me explica que não gosta de começar nada, prefere dar lugar ao verbo. É a regra, diz ele, primeiro as damas.
Que seja, não vou protestar!

Deu-me uma vontade súbita de escrever sobre os rios de lágrimas do mundo. Todavia a Hiberbole, irritadíssima, já vem me dizendo que eu minimizei os problemas! Ora, será que apenas alguns rios bastam para todas as lágrimas do mundo? Não me confunda com o Eufemismo, diz ela, são mares de lágrimas. O mundo chora mares de lágrimas. Contesta ela nervosa.
Caro leitor, eu não tive reação. Ela estava aos prantos. Tive que ceder.

Eu já estava quase desistindo de escrever sobre os mares de lágrimas, quando a Persistência, moça bonita, veio a mim e disse para eu continuar. Que desistir seria a pior coisa, e persistir seria a melhor opção. Mas as Ideias, meninas complicadas como elas são, já perderam a paciência e se foram! Corra atrás delas, diz a Persistência, não as deixe ir. É justamente nesse momento que a Preguiça intervém bocejando: Pra que correr atrás das Ideias? Meninas mimadas, vão ficar mal acostumadas. Replica a Preguiça quase dormindo... Argumento muito válido para mim, e que deixou a Persistência calada. Talvez ela tenha desistido, ou não. Só sei que a Preguiça saiu moribunda, sem o comum ar superior de quem sai vitorioso, e foi se deitar.

Eu ia até tentar continuar a escrever, mas o Cansaço, bom e fiel amigo, me convenceu que é melhor parar por aqui mesmo. Deixar para outro dia e ir descansar. Conselho justo e sincero. Bom e fiel amigo que é o Cansaço. Já até preparou a rede pra mim. Não, caro crítico a Preguiça não está lá. Ela tá no sofá, vendo tv. Enfim, vou descansar.

E lá vem a Dona Ortografia, menina boa e competente, para arrumar tudinho por aqui. Se você tá lendo tudo certinho, agradeça a ela e não a mim. Enquanto eu tava descansando, ela tava trabalhando. Obrigado, Ortografia. Volte sempre, aqui.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Insosso

Como é ruim não poder respirar pelo nariz e consequentemente não sentir o cheiro natural das coisas. Fica tudo tão sem graça, fica tudo tão insosso. Não vale a pena viver sem o nariz.
Sem ele, você até perde seu paladar.(Quem pensa que o paladar é um dom da lingua, está enganado, essa função é do nariz.) Nada mais do que justo! Já que a boca e suas adjacências têm atribuições demais para um indivíduo só cuidar. Repare atentamente caro leitor, é tão ruim viver sem o poder do olfato, que não há ninguém nesse mundo que fique com essa deficiência até a morte. Existem cegos, surdos e mudos. Mas não existe ninguém desprovido de sentir os cheiros. Nada mais do que justo! Pois ninguém aguentaria viver sem o nariz.

Justo, porém, são aqueles que só olham para o próprio nariz. Esses sim, meus caros amigos, sabem o que fazem! Dão exclusiva atenção ao nariz porque têm a consciência da sua importância na vida deles! Nada mais do que justo! Justíssimo.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Teoria dos segredos inexistentes

Preste bem atenção, leitor, que eu só vou explicar uma vez! Não te preocupes com os segredos, porque eles simplesmentes não existem. Repare, se alguem te pergunta: " Tens algum segredo?" A resposta naturalmente deve ser 'não', pois mesmo se fosse uma mentira, você não iria contar assim de bandeija. Não seria capaz de mentir para manter um bom segredo?

Pra que responder com uma afirmativa? Para que depois fiquem implorando para você revela-los? Para que você ganhe mais preocupação? Além do mais é tão simples. Olhe, se só você sabe esse segredo e você não quer contar para ninguém, esse 'fato' simplesmente não existe! Pois não há testemunhas para confirmar. Agora caso esse segredo seja compartilhado, tome cuidado, porque essa negação tem que ser compartilhada. Basta apenas um deslize de uma parte, para que outra pessoa saiba... E como estamos todos interligados em uma extensa rede, logo toda rede saberá. Mas se há confiança, não há o que temer. E o segredo não existirá.

Porém se o leitor replicar: ' Têm alguns segredos que não dá para negar!'. Eu terei que acatar o argumento, pois há fatos que mesmo você negando veemente não deixam de existir. Pegue a gravidez, ponha alguns meses e logo ela mesmo revelará o seu segredo. Mas eu questiono, tu, caro leitor! Não foi você que revelou o segredo, ele se revelou sozinho. A culpa pela revelação não foi sua, e sim do próprio fato. É como um vazamento de água. Aquele que conta é o que dá marteladas e fura o cano, não propositalmente mas sabendo do risco. E aquele segredo que se revela é como aquele cano que começa a ficar velho, enferrujado até estourar e vazar tudo.

Se você tem um segredo e quer guarda-lo pelo resto da vida, é bom você não saber de nada. Pois não existe fato algum que você queira saber. Agora se você tem um segredo e deseja conta-lo, você não tem um segredo, propriamente dito, porque segredos foram feitos para serem guardados. Tão bem guardados que é para esconde-los e se esquecer onde é que você escondeu.

Segredos simplesmente não existem.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Da liberdade que os passarinhos não têm, que a imprensa tenta ter, que a expressão as vezes consegue, mas que os culpados sempre a obtem.

(o titulo já diz tudo.) As palavras que ficariam aqui nesse texto, foram todas presas. Porém algumas foram soltas por falta de indícios e provas. Veja bem, é tudo dentro da lei.
Corrupção

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Linda.

( Para a mais bela, eu dedico essa poesia )

O que seria da rotina, sem a sua companhia?
Sem teus braços ou abraços.
Sem teus risos ou mimos.

Estar ao lado dela, enche-o de alegria.
E a vontade de continuar com ela, aumenta dia a dia.
Talvez seja nessas poucas horas que ele tem um pouco de sossego.
É como se deitasse na grama. Sem receio e sem medo.

Seu lindo sorriso,
e seu olhar
Fazem ele entrar no paraíso,
não querendo mais voltar voltar.

A sua simples beleza,
é inexplicável.
Vale muito mais do que qualquer riquesa.
Ela é única. É incomparável.


Seu cabelos com os mais perfeitos cachos,
que se encacham em mim.
Me prendem e me surpreendem.
Não é por um acaso que nossa história não terá fim.

sábado, 5 de julho de 2008

Aglomeração

Basta apenas três pessoas pararem, apenas três almas se renderem, para uma multidão se formar.

e olha que as vezes nem é tão grande coisa.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Sem criatividade

Agora as idéias não fluem mais em sua cabeça. Antigamente ele tinha que gritar: CHEGA! Para que os tópicos não fossem entrando assim sem permissão. Até que ficaram todos na porta, fazendo fila. Aí um foi desistindo, o outro também... quando chegou o momento onde não tinha mais ninguém! E agora é ele que grita: VOLTA! Mas ninguém o escuta mais...

Já estão longe demais. Talvez batendo em outras portas, pulando janelas ou simplesmente vagando por aí.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Em cima da mesa.


Só pra isso aqui não ficar muito cinza.
Não que isso seja um refúgio do mundo, longe disso!

É apenas um biscoitinho e um 'conjunto' de botequim.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Poeminha diminuto.

Se tudo no aumentativo fosse bom,
carinho seria carão.

domingo, 8 de junho de 2008

Férias em Penedo

O rapaz bebado anda pela rua.
Caminha contando a verdade nua e crua.
A mentira não lhe causa mais medo.
Desde que ele voltou de Penedo
Lá até que não é um lugar tão mal.
Só é ruim se for pra passar o carnaval.
As pessoas de lá não mentem tanto.
Mas elas também já não tem o mesmo encanto.
Porém tem uma senhora que é meio ficticia,
Ah, como é mentirosa aquela Dona Felícia.
Dizia que não tinha nenhum filho,
até me aparecer com netos e sobrinhos.
Disse que era um milagre,
Mas na verdade ela tinha um caso com o padre.
Ela até que não é feia, até que não é estranha
O que não se duvida é que essa Dona é uma verdadeira piranha
Quando eu estive lá, até em cima de mim, ela deu.
Safada, essa Felícia! Enquietou-se quando o padre percebeu.
Depois de tantas descobertas, parei no bar para beber.
Cachaça, cerveja, conhaque... Até o padre interceder.
Veio me perguntar se eu havia a sua Dona, apalpado.
Irritado, eu disse: "Mas todo padre não é viado?"
E ele respondeu sem meias palavras:
" Tem uns que comem homenzinhos outros que tomam viagra."
Confuso, fui pra rua a pensar
Essa merda de lugar, mal tem um mar!
Mas que droga de cidade, nunca mais passo férias aqui.
Ano que vem vou inovar, passarei uns dias em Parati.

Co-autoria: Felipe Gilard http://permutavel.blogspot.com/

domingo, 1 de junho de 2008

Resquício de ditadura

As autoridades abusam do seu poder.
E os poderosos abusam da sua autoridade.

É o brasil.

'eu te amo'.

Não fique gastando seus '' eu te amo '' por aí. Com o uso constante das expressões, o valor real das palavras vai se perdendo com o passar do tempo .
Ou você vai me dizer que daria seus diamantes pra qualquer um? Imagina se você desse para todo mundo? Ninguém poderia dizer: "Eu tenho um belo diamante!" Ninguém poderia se orgulhar disso. Porque não há exclusividade, e assim, se torna algo banal.

E piores são aqueles que dizem: ' amo muito'!! E por um acaso amor se dá em quantidade? A palavra ''muito'' tem inúmeros sentidos. A quantidade é diversificada pra cada gosto. O seu 'muito' pode ser o meu 'pouco'. Hipócritas e mentirosos! Amam o mundo, mas não amam a si mesmo. E por não terem amor-próprio, não são capazes de amar o próximo. Desse modo, se iludem e vivem num mundo de farsa. Vivem num mundo de amor de conto de fadas.

Infelizes, porém, são aqueles que gritam: " Eu te odeio, eu te repudio". Que jogam a raiva ao próximo. Que deseja a desgraça e o horror. Pois apesar de serem francos e sinceros, recebem tudo em troca. Vivem sem amor. Vivem amargurados e chateados. Eles poderiam somente dar um sorriso, mas preferem chorar pelos cantos...

Quem ama, de fato, não precisa anunciar ao mundo, gritar, ou escrever declarações em paredes. O amor não se consiste em palavras e sim em ações. Então antes de gritar ao mundo seu amor, tome pelo menos uma atitude: Descubra o seu significado.

É nesse momento que você vai descobrir que é bem melhor demonstrar do que apenas falar.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Para eles

( Que também são poetas, mas não sabem)

Pegue um lápis e um papel.
Rasgue o lápis e quebre o papel.
E comece a escrever.
Sim, meu caro. Isso é possivel.

Veja os sons do rádio, desfrute do sabor da água.
Tome banho de sol em plena noite,
conte as estrelas do céu e dê nomes a elas.

Torça pro time adversário, ande descalço pela calçada.
Faça tudo ao contrário.
Cante para o surdo, dance para o cego e abrace o insensível.
Pule na cama, pise em ovos, brinque com o fogo e tenha pelo menos um amigo invisível.

Se queime, pois você vai se apagar.
Relaxe, um dia tudo vai passar.
Cante uma música que você não goste. Presenteie alguém que você não suporte.
Não tem graça em agradar quem a gente ama.
Não há merito em agradar quem a gente ama.
É obrigação!

Cumpra ordens, desobeça as regras.
Faça favores. Não tenha pressa.
Deslize.
Sinta o vento. Sinta o sol.
Viva cada momento.

Nada pára. Tudo fica num eterno movimento.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Exportação

Antes ele se importava muito com que os outros faziam ou deixavam de fazer. Mas ele também não fazia nada. Agora que ele já faz uma coisa, e isso é um começo, não se importa mais com as atitudes dos outros.

Não se importa com ninguém.

Vai ver é a consciência tranquila.

Meio de Maio

O mês de maio passou tão rápido. Nem parece que teve o mesmo tempo do de abril.

Abril se arrastou, se empurrou. Maio não. Ele foi arrastado e foi empurrado. E quando se viu, já acabou. As pessoas costumam dizer que é por causa do feriado. Desse modo, você tem tempo mais divertidos e não naquela rotinha enfadonha. Há uma cultura em se dizer que tudo o que é bom dura pouco. Mas que burrice! O tempo é sempre igual, seja ele com trabalhos insurpotáveis ou momentos prazerosos. O problema está nas pessoas, que insistem em dar mais valor aos defeitos, insistem em insistir nas coisas chatas. E quando encontram uma coisa mais chata do que a anterior, diz que " era feliz e não sabia" ou então fala que o tempo passou muito rápido.

Ingrato!! Dá muito mais valor ao seu sofrimento do que a sua alegria. Depois quer se livrar da tristeza, ter novamente tempos felizes. Mas não consegue ver que talvez esteja passando por esses bons momentos agora.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Raposa Serra do Sol

Como tudo que é bonito, isso também é bastante complicando.
Não é preciso somente armas e canhões para se conquistar algo bonito... E sim paciência, companheiros.
As coisas belas se conquistam calmamente, serenamente. Não com berros e exclamações. E nem com bombas, tiros e copos d'água.

"- Vossa Excelência é um terrorista! Uma vergonha para esse país!
- Vossa Excelência tem um discurso fascista!! Vossa Excelência é um saudosista confesso da pior Ditadura que esse país já teve."

Um o outro pode até está certo. Porém ambos estão errados com esse discurso ultrapassado.

"É um índio que está a soldo aqui em Brasília, veio de avião, vai agora comer uma costelinha de porco, tomar um chope, provavelmente um uísque, e quem sabe telefonar para alguém para a noite sua ser mais agradável. Esse é o índio que vem falar aqui de reserva indígena. Ele devia ir comer um capim ali fora para manter as suas origens"

Vossa Excelência, qual o problema dos índios tomarem um chopinho ?! Uma dose de uísque?

Repito:
As coisas belas se conquistam calmamente. Não com berros, tiros ou uísque.

domingo, 11 de maio de 2008

Um dia qualquer.

Ele nasceu num dia especial. Não pela sua natalidade, é claro, mas pela responsável desse fato. Sim caros críticos, ele nasceu nos dias da mães. A sua data já foi ofuscada por outra muito mais importante. Vai ver que foi de propósito. Já imaginavam que ele preferiria ser discreto, digo que preferiria, porque ele nem sempre consegue ser. Ele prefere andar aí pelos cantos, do que correr pelos corredores. Prefere ser apagado, ficar nas sombras, do que dar as caras nesses clarões por aí. Esconde suas virtudes. Esconde todas as suas gentilezas. Ele se esforça arduamente para não gostarem dele. E é claro. Como todos, ele faz de tudo para não perceberem os seu defeitos. Sinceramente acho que nem ele sabe porque faz isso... e também nem se interessa em saber.

Além de ser domingo, ele ainda nasceu no meio da noite.... Horário morto demais para dar vida à alguém. Vai ver que foi de propósito. Já imaginavam que ele adoraria estragar certas noites. Irritar os outros com seus berros e exclamações. Ocupar os outro com a sua presença. Porém ele não liga, não se importa e não percebe. Fica contente por pouca coisa. Ilude os outros com pouca coisa.

Talvez ele queira mudar algumas coisas em si. Comportamente, ações, atitudes. Mas não faz nada. Ele vai empurrando tudo pra um cantinho. Um cantinho amassado, bagunçado e sossegado. Ele sabe que um dia vai arrumar.

Lá vai ele...

Vai rapaz, vai viver pra crescer.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Por que não batem nas Borboletas?

Por que não batem nas Borboletas?

Elas voam, pousam e repousam.
E ninguém as chuta, se irrita ou as espanta.
Se fosse uma formiga, mosca ou qualquer outro insento, eles não teriam essa piedade.
Só porque ela é um pouco mais bonita e majestosa, ela merece tal compaixão?
Mas as pessoas não fazem nada.
Eles apenas observam a linda borboleta a voar.
Porém, se esquecem de quando ela era uma nojenta lagarta.
Que comia e destruia todas as plantas e todas as flores.

Por que batem nas flores?

Para ofertar as amantes, para alegrar algumas mães ?
Elas são tão bonitas nos seus jardins. Presa no muro ou nas árvores. Sem fazer mal a ninguém.
Mas as pessoas cismam em bota-las em jarros para enfeitar algumas mesas, fazem arcos para enfeitar alguns caixões ou ou a oferecem para amores vãs.
Elas nos dão o ar necessário para respirar, e é assim que nós a tratamos?

Pobres, porém, são as lagartas que não conseguiram ser Borboletas. Não conheceram a beleza de se viver em uma realeza. Viveram como se nunca fossem ser borboletas e morreram castigadas pela natureza.

sábado, 3 de maio de 2008

Arrisque-se

Caros amigos, não tenham medo dessas avalanches da vida. É inutil ter esse receio. Ficar ansioso, preocupado ou desmotivado. Você acorda, dorme, come e conversa. Impossível saber o que vai acontecer no próximo segundo. É tudo imprevisível. Você pode até tentar imaginar, mas vai ser completamente diferente... É tudo um grande mistério.

Num dia belo ( ou não ) você pode perder tudo. E em outro você pode ganhar tudo. A vida é feita desses momentos. Há de se ganhar. Há de se perder. Tudo num perfeito equilibrio. ( as vezes não tão perfeito assim... ) Mas não tenha medo de tentar, de se arriscar. Vai valer a pena, não há o que pensar. Não pense! Só os ignorantes são felizes. Eles não sabem o que são os riscos.

Tudo nessa vida tem um risco.

É o risco de estar vivo.

domingo, 27 de abril de 2008

Naquele tempo

No meu tempo, a gente cedia os lugares para as moças sentarem no bonde... E elas nos chamavam de cavalheiros

- Vocês são uns cavalheiros- Diziam elas.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

já fala por si

Isso é óbvio mas vale a pena ressaltar:
O ridículo nunca se sente ridículo.
O brasileiro é o único que se orgulha de coisas que deveria se envergonhar.

"Há de ser sempre a mesma coisa, mesma coisa, mesma coisa..."

terça-feira, 22 de abril de 2008

Não desista, persista

O homem passa na calçada, e acha uma moeda.
Vira, desvira, assopra e limpa. Analisa e põe no bolso.
Malditos segundos para guardar uma moeda perdida.
Não precisaria tanto, eu teria posto logo no bolso. Ele, porém, a analisou.

Mihares de pessoas passam por mim. Milhares de histórias diferentes, alegrias diferentes e problemas diferentes. Eu reparo em todas elas. Imagino como deve ser a vida delas. Suas casas, suas familias. Elas porém, nem notam a minha presença. Não percebem minha camisa amassada, não reparam no meu tênis desamarrado.
Não precisa de tanto, elas apenas passam por mim. Eu, porém, as analiso.

É inevitável.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Não pertube o vosso coração

Eu fujo de você.
Não te procuro, não te encontro, não te escuto e não te vejo.
Com medo de voltar a ter aquele velho desejo;
de te ter e não poder.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Bendito é o cachorro. Que sabe meus segredos, mas não fala.

Rosna, lati e chora. Mas não conta.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Privacidade entre o homem e o peixe.

Cresço,
Desço,
Esqueço.

Vou pro mundo, vou pro mar mas não vou fundo.
As ondas são mais fortes do que eu.
Os peixes têm mais sorte do que eu.

Teriam azar eles, se nascessem homens.
Tudo bem que não teria mais anzol, e eles veriam muito mais o sol.
Mas com o passar dos anos, eles teriam muito mais desgosto de terem nascido humanos.

Esse ser que prejudica a si mesmo. Nada merece. Nem mesmo um beijo.
A gentileza, a gratidão foram esquecidas. A delicadeza foi consumida.
Eu ajudo mas não me iludo. Há muito ainda por fazer. Há muito ainda que mudar.
Mudar as ruas, o país e a cidade
Mudar os rumos, as idéias e as vontades.
Transformar o que não pode ser mudado. Fazer gritar aquele mudo que anda calado.
Fazer delirar os surdos por música. E fazer olhar os cegos por arte.

Há de se protestar. Há de se fazer alarde. Ainda não é tarde.

Talvez ninguém consiga. Talvez ninguém tente. Talvez ninguém se importe.
Paciência, meu amigo. Tomarei meu porre e preparei a minha morte.

Morro cedo mas vou-me tarde.
E depois que os peixes decobrirem que o sol arde, vão prefirir ficar no mar.
E que se foda a minha vontade. As ondas não vão parar.
Maldito tu, que és homem. Maldito tu, que és inteiro.
Sorte porém tem os peixes, que não vão ao meu enterro.
Definitivamente, o silêncio pertuba muito mais que o barulho.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

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sábado, 12 de abril de 2008

Cinza

O mundo é cinza.
Colorido é o cinema, as pinturas e as gravuras.
O mundo é cinza.
Pergunte a um cachorro quais são as cores do mundo.
Se ele não te responder, não me diga.
Mas com certeza ele vai latir: Tudo é cinza.
A cor só existe nos olhos dos romanticos, idealistas e bebados.
Nada onde você se inclua... Ainda duvida ?
Então pergunte a lua.
-Quais são as cores do mundo ?
Não exija muito dela. Seja paciente.
Espere um segundo.
E ela vai te responder veemente: Daqui de cima, tudo é cinza!

Se o seu melhor amigo e a sua companheira dizem que é cinza.
Por que vai continuar acreditando que tudo é colorido?
É tudo cinza, cinza, cinza.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Sem pena

Não tenho nenhuma ideia. Em que postar ou como postar. Deixaria a pena seguir seu caminho sozinho, se ela existisse. A caneta chegou a substitui-la, mas aqui ela não tem força.

És tudo abstrado, meu amigo. Abstração. Vamos deixar então a pena, ou seja lá o que for isso, seguir seu caminho sozinho.

A chuva que cai no verão,
é a mesma que cai no inverno.
Então por que essa invasão ?
-se o céu é todo aberto.
Então por que essa inversão?
-se eu não quero andar de terno.
Nada é eternamente durável.
Nada é eternamente viavel.
Você pode ficar aí reclamando das injustiças da vida.
Que nada vai mudar.
reclame, grite e gaste saliva.
A chuva não vai parar
A reclamação é inutil.
Ela é o averso da ação.
A reclamação fecha pra sempre o seu coração.


Eis o que surgiu.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

inha

inha, inha, inha
ploft, plaft, boom.
zap, zap, zap.

ronc, onic, ronc.

tip, tip, tip.
tum, tum, tum.
vaps, vaps, vaps.

nham, nham, nham

( De sem querer fiz um " zum, zum, zum" pra você. )

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Tempo.

Ele acorda com um silêncio mortal. Levanta da cama, vai até a cozinha e faz seu café. Tudo isso em silêncio. Não há mais ninguém casa.

Ninguem para falar, ninguem para escutar, ninguem para pertubar. Simplesmente estava só, como sempre. Acaba de comer e vai se sentar. Fica ali olhando para parede branca do quarto esperando o tempo passar. Não é nem a desocupação que lhe incomoda. É a solidão.

E aquele restinho de esperança que ele guardava ( muito bem guardado ) no fundo do seu báu, esgotou-se. Evaporou-se. Foi se embora. Ele se decidiu a desistir. Já não vai mais insistir. Ele então admite: " Eu perdi."Como um bom perdedor vai moribundo voltando pra cama, para se deitar.

Ele queria só mais um poquinho de coragem, mais um poquinho de ousadia e determinação.

Ele queria simplesmente chegar no balcão do bar e gritar: Moço! Uma dose de adrenalina, por favor!!

Mas ele acaba tomando a sua água com açucar mesmo.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Dengue

Seria hipocresia de minha parte, alienação talvez, se eu não tratasse desse assunto ( que na minha opnião é ridiculo. )

Lembro-me de quando era pequeno, em que morava num infeliz prédio no qual não havia elevador, e que em todos os cantos e escadas tinha um cartaz de 'como evitar a dengue'. Dando informações, que todos sabem, para combater o foco dos mosquitos.

Pois bem. Depois de um pouco mais de uma década o mosquitinho volta com tudo. Mostrando a evidente ineficiência do setor público de saúde, no qual militares tiveram que entrar na 'briga' construindo hospitais de campanha. Há quem diga que os hospitais particulares também estão lotados. Que seja. Crianças estão morrendo, e outros pacientes estão sofrendo na fila... esperando leitos que não existem. Já foram 67 que morreram por causa de picadas de mosquitos esse ano.

Hospitais sem rémedios, sem médicos e sem leitos. Isso realmente devia se chamar de 'hospital'? Na minha opnião, é uma vergonha o Rio de Janeiro, e tudo o que esse nome representa, chamar médicos de Rondonia, Pará e outros estados menos expressivos. Sem preconceitos, e desdenhar a ajuda, é porque não deveria ter essa necessidade de se convocar mais médicos. Não é de hoje que o sistema de saúde é um lixo.

Mas eu não me importo com isso. O César Maia também não. O Sergio Cabral tá pouco se importando. E o Temporão também. ( Digo Temporão, porque o nosso Lula, é claro, não sabe de nada e não se compromete com nada. )

Além do mais, uma epideminhazinha é sempre bom.

terça-feira, 1 de abril de 2008

44 anos

Só pra não deixar passar em branco o " Golpe Militar de 1964" que faz hoje 44 anos.

*

Há controvérsias, eu sei.

segunda-feira, 31 de março de 2008

44 anos

Só pra não deixar passar em branco a "Revolução Democrática de 1964" que hoje faz 44 anos.

*

Há controvérsias, eu sei.

sábado, 29 de março de 2008

Gioco di pazienza

Era uma vez, uma vez que não teve vez.
E por pensar que não era a sua vez, perdeu a vez.
E quando achou que era a sua vez, já não tinha vez.
E já não existia mais fila, mais entrada nem saída.
Ficou na porta esperando uma despedida.
E foi embora sem dar 'tchau'.
E chegou querendo ser normal.

quarta-feira, 26 de março de 2008

:D

"Naquele morro passa boi, passa boiada.

Por isso que não ando de bicleta"

sábado, 22 de março de 2008

É tarde.
É cedo.
É tarde demais, é cedo demais.

Vamo bora gente !! Já está tarde demais!
Relaxa, rapaz. Ainda é cedo demais!

Não tenha pressa, daqui a pouco a gente chega lá.
Ande, ande !! Mais rápido, senão a gente não vai entrar.

Deixa isso aí!! Corre ! Vamos, vamos !
Calma aí... vamos relaxar um pouco. Por que não descansamos ?!

Já é noite, vai ficar perigoso...
Vamos por aqui, rapaz... é mais rápido, seu medroso !

Eu to tranquilo, tenho todo tempo do mundo...
Já não tenho mais tempo, nem mesmo um segundo !

Agitação e sossego. É preciso ter coragem e não medo.

sábado, 15 de março de 2008

Poesia Apaixonada

Não seja igual ao vendedor de flores,
não dependa da paixão,
não dependa dos amores.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Paciência

Todos estão trabalhando ou estudando agora, mas ele não. Nesse momento ele está terminando o seu cigarro e escrevendo.

Que desperdício - diz a mente
Que ignorancia - diz o coração

Não escreve nada de significativo, não tem assunto, não tem memória, não tem mais aquele sentimento que dá o impulso inicial e que dá os primeiros passos sozinho.

Esses passos são sempre os mais difícies. Você cai, levanta-se, arrasta-se. Ninguem lembra dessa grande dificuldade que teve para aprender a andar. Quando se está correndo, poucos são aqueles que sabem que cairam muito para poder, enfim, correr. O mesmo acontece com a leitura. As pessoas esquecem que tiveram grande dificuldades na alfabetização ( é claro que excluindo os 'gênios' ). Depois de ler um livro inteiro, você não se lembra do grande sacrificio que teve para conseguir esse fato. Depois que se aprende, não há mais valor. Não há nenhuma glória. Por isso, se está enfrentando alguma dificuldade, acalma-se. Você vai supera-la e depois esquece-la. Eis o processo.

E ele continua rabiscando o papel... Em linhas tortas, faz textos horriveis. Rasga o papel e pega outro. Não consegue mais. Pensa em descansar..."Mas pra que ?" Vai ter o dia inteiro pela frente e nada vai fazer, nenhum compromisso. As horas passam devagar e os dias passam rapidamente. Ele pega um livro e vai pra rede do lado de fora. Triste e amuado. Se não consegue escrever, leia. É o que resta.

Eu gosto de opostos - diz a mente
Eu gosto de paradoxos - diz o coração.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Mudança de planos A


Sempre quando escrevo e leio, apago tudo.
Irrito-me, saio e desisto!
Deve ser por isso que nada dura para sempre.

Sempre se cansa.

domingo, 2 de março de 2008

Janela.

O menino olha pela janela. As vezes não olha nada, está ali só pelo simples fato da rotina. É comodo olhar pela janela e ver as pessoas passando, os carros passando e o tempo passando. Em alguns dias os carros são mais rápidos, em outros as pessoas andam mais depressa ( é o engarrafamento ) e em raras ocasiões o tempo é o mais rápido de todos.

Quando se viu a Lua já apareceu, mas o Sol ainda não se foi. Ficam ali como se estivessem brigando pelo direito de estar no Céu. Pelo cansaço o Sol desiste e vai se deitar, assim a Lua pode enfim mostrar toda a sua beleza. Ainda bem que é assim. O Sol é um ser repugnante, ninguém é capaz de olha-lo diretamente. Temos sempre que abaixar a cabeça para o seu esplendor e arrogância. Ele se acha o Rei do universo, e talvez o seja. Porém nada explica todo esse narcisismo e esse 'brilho' que seria o orgulho da superioridade, que faz nós ( seus súditos ) abaixarem nossa cabeça.

A Lua já seria aquela plebéia do conto de fadas que consegue chegar até a realeza. Ela ilumina a noite dos apaixonados, a noite do ladrão e a noite do poeta. Ora ! Já viste alguem declamar um poema para o Sol ?! Claro que não, seria impossivel. Os poetas amam as virtudes mais odeiam a arrongancia. Eles preferem então declamar lindos poemas para a incocente Lua. O paradoxo que existe aqui é um dos maiores do universo. Como pode a Lua ser a rainha da paixão, a dama dos humildes, a senhora dos homens bons se é na noite que os crimes mais bábaros acontecem. Ela, caro leitor, é a principal cúmplice de todos esse crimes que a noite presencia! Na verdade, o que temos aqui não é o bem ou o mal, o bom ou o ruim. Estamos apenas tratando do dia e da noite!

E depois desse tempo todo, o menino ainda continua olhando pela janela. Não porque ele gosta, mas talvez pelo simples fato da rotina.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

É por isso...

Vemos hoje em dia um descrédito total que o povo brasileiro tem da classe política do país. Mas não podia ser diferente. Além da corrupção, há o uso indevido do dinheiro público e a certeza da impunidade. Tais ingredientes são fatais para a formação dessa opnião pública.

Porém, vamos ver o outro lado da moeda. O do pedreiro, da professora, do padeiro, do motorista. Enfim, de todos os 'comuns' brasileiros que aqui vivem. Sempre houve uma cultura da malandragem, em que ' o mundo é dos espertos' e etc... Desse modo, todo mundo comete os seus erros na sua devida proporção. Deixa esclarecer melhor isso usando exemplos.

Um deputado entra num acordão para a compra de equipamentos super-faturados e o favorecimento de uma empresa para ganhar a licitação, no qual ele ganha uma pequena parte desse esquema. Que é o suficiente para ele trocar de carro e fazer uma reforma na casa.

Já o trabalhador 'comum' faz seus esquemas quando dá. É o corrupto ativo quando tenta subornar o policial, quando faz uma instalação clandestina do seu equipamento, quando rouba materias da sua empresa, e até mesmo quando fica com o troco errado do mercadinho. E nós podemos ver esse exemplos como caminho de volta também. É o policial que pede o dinheiro pro 'café', o cliente que pede pra puxar mais um ponto e etc... Todas essas atitudes estão restritamente ligadas as atitudes dos politicos. Praticamos o que nós reprovamos.

Um exemplo mais simples de todos é o futebol. Quando o time do torcedor adversário é roubado, há comemoração, 'foda-se, vai chorar pra lá' como resposta e etc... Quando é seu time, é ele que lamenta e fica incorformado com as decisões do arbitro.

Paciência.

Não é digno de nenhum brasileiro reclamar enquanto ele praticar esses mesmos atos. Ai daqueles que falarem: " Mas eu só roubei cinco reais." Quem mata um, mata dez. Quem rouba cinco reias, rouba cinco milhões. O que não há, é a oportunidade.
Lamento dizer isso amigos, mas esse país só vai crescer de fato quando essa mentalidade colonial, mediocre e escravocrata acabar... Por enquanto seremos apenas mais um 'país do futuro'.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Morte e vida Parlamentar.

A dura vida do parlamentar brasileiro. Nessa semana o ex-deputado federal pelo PL (atual PR) e ex-bispo da Igreja Universal Carlos Rodrigues, falou em seu depoimento no julgamento do Mensalão, sobre a dificil vida do parlamentar brasileiro. Ele destacou pontos, segundo a sua opnião, que eram desvantajosos para a vida parlamentar. Eis o seu depoimento:

“Ser parlamentar é muito ruim, meritíssimo”, disse. “Muito ruim. Você sacrifica tudo o que tem. Entra ali de manhã e sai à noite, não vê o dia passar. Se ocupa o dia inteiro. Sábado à noite, você às vezes tem que ir a um casamento, abraçar 100 pessoas que nunca viu na sua vida. De repente, você está em casa, um eleitor seu morreu, tem que botar o terno e ir ao enterro. Nove horas da noite, você está com sua família, sua esposa quer ir ao cinema, tem que atender a um pedido político. Ser parlamentar não é simples, embora a imprensa ache que é um paraíso. Não é”.

Acho engraçado ele reclamar em dar abraços para desconhecidos. Enquanto há pessoas que querem dar abraçoes de graça ( "free hugs" - procura no google! ), ele reclama. E ele ainda é pago para isso. Tudo bem... Ele também é pago pra trabalhar três vezes por semana, participar de alguns esqueminhas, fazer algumas votações... E muito bem pago por sinal. Um parlamentar brasileiro ganha em média 2.068 salários mínimos. Na minha opnião não há razão para reclamar.

Um parlamentar equivale também a 344 professores ( isso concedendo um aumento de 100% para eles, senão o número viria para 688). E os professores também dão abraços em desconhecidos. Se um aluno dele morrer, ele também tem que ir ao enterro. Mas por que será que ela faz isso ?! Porque a professora tem amor aos seus alunos, amor para ensina-los. E por que o parlamentar abraça estranhos? Porque eles tem amor ao dinheiro público, e a quem pertecence a porra do dinheiro PUBLICO?! Ao povo brasileiro babaca, nesse caso, como foi dito pela Vossa Excelencia, Carlos Rodrigues, os eleitores.

A impressa é impiedosa. Não só com os politicos mas também com os jogadores de futebol. A gente fica imaginando como seria a vida de um ator, de um jogador de futebol, de uma cantora mas a gente nunca imagina como seria a vida de um parlamentar. Deveriamos imaginar um pouco mais isso... Mas não vejo o motivo da Vossa Excelencia, Carlso Rodrigues, reclamar da imprensa. Ela é assim com todos. Paciência.

Há também um certo caso de uso do cartão corporativo, que estão sendo usados indevidamente pelos ministros... Mas isso não vem a pauta. São ministros e não parlamentares. Tudo bem que eles usam o mesmo dinheiro, o nosso. Mas isso não vem ao caso

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Ponto de vista

O rapaz está sentando na mesa de um bar. Um casal passa bem em frente a ele. Anda mais uns metros e os dois param para atravesar, estão esperando o sinal fechar. O rapaz levanta e anda na direção dos dois. O namorado percebe algo estranho e tenta fugir. Tarde demais. (Aqueles que dizem que nunca é tarde, mentem.) Dessa vez não teve jeito. Foram apenas três tiros, dois nas costas do homem e um na cabeça da mulher. O atirador pegou a carteira e deu as costas.
Houve um silêncio imortal.
Contei no meu relógio. Demorou dois minutos e vinte e um segundos para alguem socorrer o casal. As outras pessoas se assustaram com o tiro e se esconderam, e ao sair do esconderijo, proseguiram a sua vida. Cento e quarenta e um segundos para tentar salvar duas vidas. Tarde demais.

Está reflexão foi de um morador de rua. Que observou tudo do outro lado da sua " casa". Sim caros críticos, ele tinha um relógio. Desses velhos e enferrujados que você joga fora por aí.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Olhos.

Há um certa cultura nacional de que a sinceridade é transmitida pelo olhar, de que quando se olha nos olhos é inevitável não dizer a verdade . Pois meu caro amigo, isso é uma mentira. Já disse inúmeras verdades olhando para o chão, e isso se chama vergonha. Já disse muitas mentiras olhando para os olhos, e isso se chama convicção.

É praticamente impossivel encontrar a verdadeira 'verdade'. O que nós temos quando acreditamos em algo é a confiança. Confie em mim, que eu sempre te direi a verdade.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Confissão

Caros amigos, tenho algo muito importante para lhes confessar. Algo que alguns já sabem e outros teimam em não querer saber. Venho aqui contar da importancia do dinheiro. Ah!! O dinheiro... Não há em nenhuma parte da Terra onde esse ser não seja valioso. Ele é capaz de acabar com o choro e colocar um sorriso em qualquer um. Os amantes dizem que podem mover montanhas... mas só dizem, o dinheiro consegue move-las. Os fracassados dizem que podia ser diferente... ele consegue mudar tudo. Os vitoriosos dizem ter toda glória... o dinheiro é a gloria. Repares, não há gloria quando, no prémio não há dinheiro. Todo mundo dá aquele "parabéns" e segundos depois esquece. Não esqueceriam pois, se houvesse o dinheiro.

Porém, se você ainda teimar comigo e dizer que há coisas melhores do que o dinheiro, eu irei aceitar só uma sujestão. Que é a vida. Isso porque sem ela não há como ter o prazer dos vintens. E se mesmo assim o leitor implicante continuar questionando, eu respondo com a mais simples exemplificação: Olhe os mendigos. Vivem na miséria, sujos e mal tratatos. Ninguém se importa com eles ( pois não há dinheiro ). Mas pergunte se ele prefere a miséria ou a morte!! Você já deve imaginar a sua reposta. Porque não há outro motivo, senão esse, para ele manter essa triste vida miserável.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Ouça

O homem é o unico animal considerado racional. Mas os demais animais ( esses já não racionais ) são os únicos que já nascem poliglotas. E de todas as linguas, inclui também a lingua da natureza... Essa, a única considerada perfeita e completamente muda para os humanos.

Muda pelo simples fato do homem ter uma aversão à perfeição. Muda pelo simples fato do homem não querer mudar. Parando pra pensar, não é a lingua da natureza que é muda e sim o homem que é surdo.

Porém, se você ainda teimar em tentar escuta-la. Seu esforço não será em vão. E ela irá dizer baixinho no seu ouvido: " Você me maltrata. Me suja e me alaga. Mas não se esqueça, sou eu que te enterro."

sábado, 26 de janeiro de 2008

O que não se entende

Maldita pessoas que querem entender o mundo, a felicidade e o amor !!
Anos se passaram e ninguém respondeu nada! Há coisas que simplesmente não tem resposta, então não faça perguntas.
Esses assuntos não são para se entender e sim para viver. Viver mais e mais.
E não venha medir os sentimentos pelo tempo, pela sua duração. A verdade está na intensidade. Porque o verdadeiro amor, a verdadeira felicidade, só dura alguns segundos.
E só é encontrada em alguns olhares...

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

tarde demais

Agora já é tarde, já acabou, já terminou.
Demorou 15 anos para se notar que foi um erro, que tinha sido um engano... 15 anos!!!
Agora não adianta mais protestar, sair para as ruas e reclamar.
Os buracos não vão ser tapados, as favelas não vão ser removidas e os camêlos não vão sair, as escolas não vão ter mais vagas.
Já é tarde demais.

Caro César, compreendo a sua posição.
Mas tem que ser assim tão omisso. Por que parou de trabalhar? Por que não quer mais ajudar o povo? Por quê ser tão ruim assim conosco?

Já disse que compreendo a sua posição. Ninguem nunca falou nada, ninguem se manifestou, nunca protestaram ou reclamaram. E agora que você já não pode se reeleger, agora que você vai ter que sair, eles vêm reclamar. Concordo com o senhor, um bando de ingratos. Tiveram 15 anos para reclamar e só agora faltando 11 meses para o seu trabalho acabar eles vêm reclamar. Um bando de ingratos.

" Mas Thiago, veja bem, não tenho o que reclamar. Nesses 15 anos eles foram os melhores eleitores desse país. Eles não tem culpa, eu os perdôo. Não fiques triste, reflita! E acabará descobrindo que o ingrato disso tudo é você"

domingo, 20 de janeiro de 2008

O que você sabe.

As ruas que você conhece muita gente não conhece. As contas que você faz de cabeça, muita gente não faz. Mas isso não faz de você um rei ou outro tipo de nobre. Isso significa que você teve oportunidade, que o seu potencial foi explorado.

O que vejo quando ando pelas ruas, são ponteciais desperdiçados e pessoas sem oportunidade. Vejo o que seria um futuro advogado, um futuro médico e até mesmo um futuro malabarista. Mas na verdade eu sei que eles não vão nem sair da rua, se derem sorte talvez cheguem a idade adulta. E ao invés de oferecermos instrumentos para melhorar a vida dessas pessoas, oferecemos simples moedas ou um simples 'Não'. O que essa sociedade faz de melhor é a marginalização dos seus indivíduos.

Porém, meu amigos, o que mais me intriga nisso tudo não é a falta de oportunidade, nem a nossa ignorância. É o fato de que enquanto eu durmo pensando no almoço de amanha, tem gente que dorme pra esquecer a janta de hoje.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Inexorável-ll.

Escrevo e apago.
Mas estou tranquilo.
Porque os espaços brancos serão preenchidos.
E o vazio estará cheio.
Daqui a pouco,
pouco a pouco.

Sempre foi assim, o tempo é o senhor da razão.
Não há nada que dure tempo demais ou tempo de menos,
tudo dura o tempo que tem que durar. Tudo dura 'o suficiente.'
Então não fiques triste se passou rápido demais, ou demora muito pra chegar.
O tempo não vai mudar.
Não lamente, não faça suposições, não reclame.
Porque nada vai mudar.

O tempo (esse sim) é inexorável.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

água e óleo.

A preguiça e a paixão são sentimentos incompatíveis...
quando uma começa, a outra termina.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Para os mentirosos

Não se sinta mal se você mente. Entenda que a mentira é fundamental. Tudo na vida tem que ter um equilibrio. Minta demais e tudo acabará, seja sempre verdadeiro e nada dará certo. Na dosagem certa, tudo é benéfico.

Imagine só. Se você contasse toda a verdade, tudo o que você pensa, toda a sua opnião ao proximo no primeiro instante. Infelizmente tudo se acabaria ali mesmo. Todos nós temos de início uma certa aversão ao novo, ao estranho. Então por causa da verdade ( e do preconceito também ) deixa de se fazer uma nova amizade, ou uma boa companhia. Porém se você usar aquela dose de mentira, e ser um pouco falso e dissimulado, verá que a pessoa não é assim tão má e pode acabar se aproximando mais.

Tudo é uma questão de equilibrio. Uma pessoa que você acha chata hoje pode se tornar 'a melhor do mundo' amanhã. É tudo uma questão de equilibrio. Não pode todos os seres humanos serem bons e todos serem chatos, tem que haver o revesamento entre eles. Quem atribui adjetivos a pessoa é você. E lembre-se, cada um tem seu ponto de vista. Mas agora, se você mente, fica tranquilo.
"O maior inimigo da verdade, não é a mentira e sim, a convicção." - Nietzsche

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Para alguns.

Felizes são os que fumam, porque inspiram seus problemas e expiram confiança com um ar de superioridade. Ar tão superior esse, que é capaz de ser visto. Mas não se engane leitor, esse não é o mesmo dos carros e caminhões. Esse é diferente. Tem um pouco mais de charme americano.

São felizes pois, ao se encontrarem em ambientes sufocantes e fechados, vão para fora para ( ao ar livre ) fumar o seu belo cigarro. E independente de sol ou chuva, lá vão eles fielmente para as ruas, tragar o seu prazer. Prazer esse inexplicavél, inconfudível... Não é o mesmo de estar com uma boa companhia. Os cachorros que me perdoem, mas o verdadeiro amigo do homem é o cigarro. Ah! Se os fumantes soubessem tudo que o que eu sei, tenho certeza que deixariam o fumo só para o francês.

Mas não ligue para isso, caro fumante. Eu sei, eu sei. O cigarro é o melhor dos seus amantes. Uma separação é dificil, romper assim é complicado, o vício é mais forte. Não vou ficar aqui dando conselhos, e implorando para parar. Pelo o contrário, continue ascendendo o seu cigarro, mas(por favor)não se esqueça, que ele te apaga também.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Inexorável

O destino é inexoravel. Li isso uma certa vez. Mas ele seria assim tão perverso, tão implacavel ? Não sei, tenho minhas dúvidas... O homem tem uma certa inclinação para se livrar da culpa, passar a culpa à terceiros, nesse caso ao destino.

Então não adianta a vaca deixar de pastar, pular a cerca e seguir o seu rumo. O destino dela é nascer, pastar, reproduzir, pastar, morrer e nos alimentar. Doce destino de vaca. Talvez também seria um belo destino os dos cachorros. Não esses moribundos de rua, mas sim as cadelas das madames...resta só comer, receber afagos e dormir. Não adianta esse cão fugir, latir e se revoltar. Tudo vai dá no mesmo para ele.

Agora veja bem, tu que me lês. O ser humano pode sim mudar o destino. Aceita-lo causaria uma certa estagnação, e a recusa do progresso pode levar o homem a falência. Tudo o que nos acontece é o resultado dos nossos atos, nossas ações. Então se estás doente, a culpa é sua. Se passou no vestibular, a culpa é sua. Se ficou reprovado, a culpa é sua. Se está me lendo agora, a culpa é sua!

Resumindo:

-'Cada um tem o que merece!', diria o destino.
-'Cada um merece o que tem!'- diria eu.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

2008

Ahh... 2008 vai ser um ano bem diferente. Tão diferente que vou fazer aqui até algumas previsões nada fáceis. Provavelmente esse ano vai ter uns assasinatos, guerra, corrupção, ipunimidade, conformismo, roubo, um pouco mais de assasitatos, carro bomba, homem bomba.

Mas o diferencial mesmo desse ano são as eleições. Como eu gosto do ano eleitoral !! : )
Obras paradas em 4 anos são concluidas em meses, os politicos falam com a gente e chegam até a apertar a nossa mão!! Teve uma vez que um desses candidatos chegou a até falar comigo - " Você já tem um candidato, amigo?" e quando eu fui responder ele já emendou - " Faço uns programas sociais aqui na comunidade" E me deu o cartão. Confesso, nada tinha a ver o cara do cartão com o cara que falava comigo... Mas como se ele se apresentou como o tal, acreditei.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Pássaro Azul

Lindo pássaro azul,que voa entre parques e jardins.
Que canta, grita e esperneia.
Antes a sua cor não fosse azul, fosse vermelha.
Aliás, a sua cor eu já nem sei mais

Por um tempo fui surdo aos seus cantos.
Fui cego e ignorante, infelizmente não notei os seus encantos.
Quando percebi já era tardes demais. Não tarde para mim nem para ele.
Era tarde para ética, era tarde para as lições morais.
O tempo esgotou-se e tudo mudou. E o que não tinha nem começado, acabou-se.

Mude de cor passarinho, voe no arco íris.
Eu que sempre fui previsível,
te acharei agora no invisível.

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Suponhamos que eu não escrevi nada. : )

Tudo está nas nossas mãos. Todos são responsáveis por todos. Se há alguem passando fome, a culpa é minha, é sua, é nossa. Enfim, não vou ficar prolongando aqui... "É preciso mais do que frases de efeito pra fazer a revolução."